
Hoje, em Sodrelândia, uma cidade pequena que costumo ir, perguntei a um amigo o que ele queria ser quando crescer, e a resposta dele foi:
“- Sei lá!”
Então perguntei se ele tinha sonhos, e quais seriam, e de novo me deparei com uma resposta inesperada:
“-Não, eu não tenho sonhos!”
Fiquei me perguntando...
O que seria de um jovem sem sonhos? Jovem sem sonho não é jovem, é igual ao mundo sem ar, perde o sentido. Então não muito conformada perguntei a minha prima, que também mora nesta cidade, e novamente tive em meus ouvidos a mesma resposta...
Nesta hora fiquei sem rumo, queria gritar pra todos o quanto é importante ter sonhos, e me deparei com a mesma pergunta, que desta fez foi feita pela minha prima:
“- E você, Mayra? Tem sonhos?”
E eu respondi, com toda a coragem do mundo:
“-Sim, vários!”
Nesta hora senti um olhar me rodear, um olhar de falta de compreensão, como se eu vivesse num mundo que não existe, algo que não esta ao alcance daquelas pessoas, algo que naquele momento só fazia os meus olhos brilharem, e de mais ninguém.
Agora, estou aqui sentada fazendo essa postagem, e olhando para aqueles jovens, sem sonhos, sem rumo, sem fome do novo, acostumados a viver naquela rotina, como se aquilo fosse tudo o que o mundo tem a oferecer a eles, sem saber o que os espera lá fora, sem saber que o mundo exige muito mais de nós. Agora posso entender melhor as coisas, agora sou capaz de olhar no olho de cada um deles e ver o quanto a fé deles se perdeu nesta rotina que os consome.
Sinceramente, me bateu medo, medo dessa fé que falta nunca aparecer, desse frio no olhar de cada um permanecer. Não queria ouvir de nenhum deles sonhos “grades”, só queria poder ouvir um sim, perante a segunda pergunta feita...
Então a todos que estão lendo esta postagem só peço uma coisa, nunca, mas nunca mesmo, deixe de sonhar, seja um sonho muito “grande”, ou algo que pro resto do mundo seja banal !